Telemetria de tanques: controle em tempo real

A telemetria de tanques está revolucionando o controle de estoques e operações industriais ao permitir o monitoramento remoto e contínuo, transformando dados em decisões rápidas e assertivas. A tecnologia entrega mais segurança, reduz perdas, garante rastreabilidade e integra chão de fábrica ao setor de gestão. Confira como implementar, os principais KPIs e dicas práticas para aproveitar ao máximo essa solução na sua empresa.
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telemetria de tanques
Fonte: Shutterstock

A telemetria saiu do jargão técnico para se tornar um pilar de competitividade. Em um cenário de custos crescentes, exigências regulatórias rigorosas e operações dispersas, monitorar em tempo real variáveis de processo deixou de ser um “nice to have” e virou requisito básico. 

Ao conectar sensores e camadas de software, a telemetria transforma dados brutos em decisões operacionais. No contexto de combustíveis e frotas, isso significa abastecer, bloquear, acionar manutenção, auditar e comprovar conformidade.

A telemetria de tanques e telemetria veicular ajudam a reduzir perdas, elevar a segurança operacional e ambiental, melhorar a rastreabilidade e dar previsibilidade ao estoque. O resultado é uma gestão mais precisa, com alarmes e relatórios que encurtam o tempo entre o evento e a ação — e que integram o chão de fábrica com o nível gerencial.

Telemetria de tanques: o que é

Telemetria é a coleta, transmissão e análise de dados operacionais à distância. Ao contrário de uma medição eletrônica pontual, a telemetria mantém um histórico contínuo e gera alertas inteligentes, habilitando análises de tendência, correlação de eventos e investigações de causa.

Em tanques de combustível, monitora volume, temperatura e densidade corrente dos produtos armazenados nos tanques e histórico de medições de cada um, o que permite a verificação de suas variações ao longo do tempo.

Esses sinais alimentam dashboards e relatórios que, por sua vez, automatizam tarefas, disparam alarmes de vazamento e priorizam intervenções. 

Em termos de valor, a telemetria viabiliza monitoramento remoto, dados em tempo real e rastreabilidade ponta a ponta — sem depender de planilhas manuais.

Telemetria de tanques: como funciona

A arquitetura da telemetria de tanques aqui na Abastek combina três camadas:

  1. Sensores/sondas: Dispositivos que medem as variáveis (ex.: sondas de nível, sensores de temperatura/pressão, medidores de vazão).
  2. Rede: Meios de comunicação como 4G/5G, LoRa, Ethernet ou Wi-Fi industrial, escolhidos conforme distância, disponibilidade e energia.
  3. Plataforma: Software SPEC+, com dashboards, relatórios, histórico, APIs e webhooks para integração com ERP/BI e outros sistemas.

Com os dados fluindo, é possível estabelecer regras e gatilhos em caso de overfill, vazamento, queda abrupta de nível  e quaisquer exceções de processo. 

Boas práticas incluem calibração periódica, classificação de criticidade, compensação volumétrica a 20 °C, camadas de segurança da informação (autenticação, perfis de acesso, criptografia) e redundância para manter a operação mesmo em ambientes adversos.

Onde aplicar

A telemetria de tanques é versátil e escalável. Pode ser aplicada em:

  • Pátios e bases internas com tanques fixos e múltiplos pontos de abastecimento.
  • Usinas e terminais, com rotinas de bottom loading/top loading e alto fluxo de caminhões.
  • Ferrovias, indústrias de processo e mineração, com ativos críticos e áreas classificadas.
  • Florestal, agronegócio e obras remotas, onde o monitoramento remoto reduz deslocamentos, acelera decisões e melhora a segurança.

Em todos os cenários, a integração com sistemas de gestão é chave para levar o evento de campo ao centro de custos e à tomada de decisão.

Benefícios práticos da telemetria de tanques

  • Acurácia de estoque: Divergência física/contábil cai com leitura contínua e compensação adequada.
  • Redução de perdas: Alertas precoces e análises de tendência expõem desvios de consumo e evaporativas anormais.
  • Segurança operacional e ambiental: Resposta mais rápida a overfill e vazamentos reduz gravidade de incidentes.
  • Produtividade administrativa: Menos planilhas; dashboards e relatórios prontos, com trilha de rastreabilidade e evidências para compliance.
  • KPIs úteis: divergência diária (%), tempo de resposta a alarmes, disponibilidade do sistema, MTTR de equipamentos, horas poupadas em inventários, custo por litro abastecido.

Como implementar telemetria de tanques sem travar a operação

  1. Diagnóstico: Mapear tanques, ativos, riscos e metas de negócio (acurácia, perdas, segurança).
  2. Especificação: Selecionar sensores, gateways e redes (4G/5G/LoRa/Ethernet) compatíveis com produto, ambiente e distância.
  3. Instalação: Planejar janelas, evitar paradas longas e seguir normas de ambientes classificados (Ex/ATEX) e NR-20.
  4. Integração: Conectar APIs/webhooks, definir cadastros mestres e regras de autorização/bloqueio.
  5. Treinamento: Garantir uso dos dashboards, entendimento de alarmes e rotinas de calibração e manutenção.

Não menos importante, trate a segurança da informação como parte do escopo: segregação de redes, criptografia, perfis de acesso e logs de auditoria. Aplique redundância coerente com a criticidade do processo.

KPIs para medir sucesso da implementação

  • Acurácia de estoque (%) e variação diária/mensal.
  • Redução de perdas e desvios por área, turno e produto.
  • Tempo de resposta a alarmes e taxa de falsos positivos.
  • Disponibilidade do sistema e MTTR de sensores/medidores.
  • Lead time de inventários e horas administrativas poupadas.

Com esses indicadores, fica claro onde ajustar leituras, calibração, regras e fluxos.

Como calcular o ROI da telemetria de tanques

Comece por um baseline de perdas médias, horas/homem em inventários e custos de incidentes (ambientais, paradas, multas por não conformidade). Depois projete ganhos:

  • Perdas evitadas por melhor controle de estoque e alarmes em tempo real;
  • Tempo poupado em contagens e reconciliação;
  • Menor probabilidade de paradas e incidentes (redução de risco).

As variáveis que mais pesam no payback são volume movimentado, número de tanques/ativos, dispersão geográfica e criticidade do processo. Em cenários de alto fluxo e risco, o retorno costuma ser mais rápido.

Conectando operação e estratégia em tempo real

A telemetria de tanques é uma alavanca de eficiência e resiliência: reduz perdas, eleva a segurança, prova compliance e encurta o ciclo decisão-ação. 

Ao integrar sensores e plataformas de gestão, o negócio passa a operar com dados em tempo real, alarmes bem parametrizados e auditoria digital sempre disponível.

Para extrair o melhor do projeto, comece com um piloto em tanques ou ativos críticos, defina KPIs de sucesso e planeje a integração com sistemas corporativos. A partir daí, escale com critério: mais pontos medidos, regras mais inteligentes e processos mais previsíveis. 

Se fizer sentido, converse agora com um especialista da Abastek, mapeie seus riscos e construa um roadmap de telemetria de tanques que una operação e estratégia no mesmo painel — com clareza, governança e retorno mensurável. 

FAQ — Telemetria 

1) O que é telemetria?

É o monitoramento remoto e contínuo de variáveis operacionais (ex.: nível, volume, temperatura), com transmissão segura dos dados para análise, alarmes e auditoria em tempo real.

2) Telemetria x medição eletrônica: qual a diferença?

A medição eletrônica fornece leituras pontuais. A telemetria mantém histórico contínuo, gera alertas automáticos, permite correlação de eventos e integra dados a sistemas de gestão.

3) Como a telemetria funciona na prática?

Sensores/sondas capturam as variáveis → redes (4G/5G/LoRa/Ethernet) transmitem → plataforma armazena, exibe dashboards, dispara alarmes e integra via API a ERP/BI.

4) O que é telemetria de tanques?

Monitoramento contínuo de nível, volume, temperatura e água no tanque, com alarmes (overfill, vazamento, intrusão) e conciliação entre estoque físico e contábil.

5) Quais benefícios práticos da telemetria (tanques e frotas)?

Acurácia de estoque, redução de perdas e desvios, segurança operacional/ambiental, menos tarefas manuais, auditoria facilitada e previsibilidade para compras/abastecimento/manutenção.

6) Quais KPIs devo acompanhar?

Acurácia de estoque (%), divergência diária, tempo de resposta a alarmes, disponibilidade do sistema, MTTR de sensores, horas poupadas em inventários e custo por litro abastecido.

7) Como calcular o ROI da telemetria?

Defina um baseline (perdas, horas/homem, incidentes) e projete ganhos (perdas evitadas, tempo poupado, menor risco de não conformidades e paradas). O payback depende de volume, número de ativos e criticidade do processo.

8) Preciso trocar tanques ou tubulações para implantar telemetria?

Na maioria dos casos, não. Avalia-se compatibilidade de sensores e pontos de instalação. Adequações podem ser necessárias por requisitos técnicos ou normativos.

9) Funciona em áreas com internet instável ou remotas?

Sim, com redes híbridas (4G/5G/LoRa/Ethernet), buffers locais e reenvio automático. Projetos robustos incluem redundância e políticas claras de perda/latência de dados.

10) A telemetria integra com ERP/BI?

Sim. Boas soluções expõem APIs/webhooks para levar dados a centros de custo, relatórios gerenciais e modelos analíticos.

11) Como ficam a segurança da informação e LGPD?

Use criptografia, controle de acesso por perfis, logs de auditoria e políticas de retenção. Quando houver dados pessoais (ex.: condutor), é preciso base legal, finalidade clara e governança.

11) Quais boas práticas técnicas devo observar?

Classificação de criticidade de alarmes, compensação volumétrica a 20 °C quando aplicável, aterramento/Ex em áreas classificadas, documentação e testes de integração.

15) Como começar sem travar a operação?

Faça um piloto focado (tanques/ativos críticos), defina KPIs de sucesso, planeje instalação e integração, treine a equipe e só então escale por ondas — priorizando maior impacto e menor risco.

Sobre a Abastek

A Abastek oferece soluções de automação para o abastecimento de frotas, terminais de distribuição de combustíveis e expedição de etanol em usinas sucroalcooleiras, usando engenharia de ponta que adiciona valor aos negócios de nossos clientes.

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